Liderança adaptativa
É comum pensarmos em líderes como personalidades fortes que detém todas as respostas – um modelo de herói que foi cultivado em nossa cultura como aquele que imprime a solução.
No contexto atual no entanto, sentimos falta de outros elementos na visão do líder, e vamos nos dando conta, que vivemos uma nova realidade com novos componentes para a liderança: a força do herói está sendo substituída gradativamente por uma personalidade mais humana, adaptável e assertiva.
A velha abordagem de comando e controle, guiada pelo micro gerenciamento e pela proposição de medo como principal gerador de produtividade não funciona mais.
Pelo contrário, vem deteriorando com o melhor de cada colaborador e definitivamente, corrói o projeto de engajamento das empresas, impedindo a comunicação assertiva e dificultando a interação fluída e colaborativa – exigências prioritárias da natureza do trabalho na contemporaneidade.
Uma das mudanças já comprovadas no ambiente de negócios de hoje e que pulsa forte é o repensar da postura e do trabalho do líder como gestor de pessoas. Isso afeta diretamente o negócio, na medida em que empresas estão organizadas em ecossistemas interdependentes e multi empresariais, requerendo abordagens adaptativas à liderança.
A liderança adaptativa – um diferencial aos modelos tradicionais
Liderar mais o contexto, focando a dinâmica positiva das interações entre pessoas e a complementaridade dos talentos disponíveis, focar mais na sua influencia de irradiar energia e autonomia nas pessoas em torno da visão compartilhada e menos no conjunto de instruções, regras e procedimentos individuais será um diferencial dos líderes na contemporaneidade.
Em um ambiente incerto e complexo já identificamos que regras rígidas e o controle excessivo são contraproducentes.
Se olharmos mais de perto, vamos perceber que as alternativas de gestão hoje, passam pelo aprendizado contínuo e adaptação às mudanças ao longo da vida profissional.
Esta capacidade adaptativa frente a novos cenários dão fluidez em ambientes que se transformam velozmente. Quando negamos a realidade, geramos forças contrárias e a energia que poderíamos utilizar para produzir soluções ganha-ganha, são represadas para o foco do problema.
Quantas vezes, investimos tempo e atenção em resistir as mudanças ou situações que não previmos ou que alteram o curso natural das coisas? Estar consciente que podemos acolher os acontecimentos e não lutar contra eles, podem gerar maior empoderamento para a resolução dos problemas.
Diversidade de perspectivas
Nem sempre consideramos a relevância de cultivar uma diversidade de prisma para gerar uma amplitude de opções e alternativas.
Os modelos tradicionais de gestão reforçaram a postura individual do líder de tomar decisões, o que impediu nosso aprendizado de tratar com ideias divergentes. Fomos pouco explorados para receber visões distintas as nossas e como lidar com elementos contraditórios.
Por outro lado, fomos bem treinados para refutar as diferenças de visão, valores e pensamentos. Deste modo, vamos fechando nossas alternativas num mundo de desafios constantes.
Ouvir outros posicionamentos nos oferece um leque maior de possibilidades – e enriquece nosso repertório para alongar a mente em novas fronteiras e soluções.
Quanto mais ampliamos a visão e permitimos que a equipe compartilhe ideias e proposições, mais geramos energia disruptiva – ambientes produtivos em que as pessoas pensam em como podem evoluir e contribuir nos desafios do dia a dia.
Questione suas escolhas e seu modo de pensar constantemente!
Líderes adaptativos olham para fora de si mesmos e abraçam os realinhamentos que surgem de conversas e diálogos pouco convencionais.
Buscam reinventar-se e abrem espaços para que outras pessoas do seu entorno agreguem visões e novas opções, valorizando o trabalho colaborativo que cresce quando há abertura para novas formas de pensar e agir.
Criar e comunicar um senso de propósito claro e inspirador pode estimular a diversidade cognitiva, indo além dos limites, rompendo hierarquias convencionais que de certa forma, geram barreiras de empatia, compreensão mútua e produção de novos resultados.
Esteja atento as oportunidades de criar um senso de propósito compartilhado que utiliza os potenciais das pessoas – onde cada um expressa seu valor e suas habilidades, sendo este, o maior e melhor plano motivacional.
Use a palavra fazer em conjunto – a performance requer que a liderança recompense a realização com autonomia. Líderes adaptativos encorajam a experimentação, encorajam o time a correr riscos graduais para evoluir junto com os ambientes que não param de se expandir, trazendo novos e mais complexos problemas e desafios.
E por fim, líderes adaptativos aprendem por meio da autocorreção. Aceitam sua falibilidade e aprendem com seus erros. Acolhem sua natureza humana e de sua equipe e buscam o aprimoramento contínuo. Acreditam que podemos ir adiante, após um obstáculo e nas adversidades ficam mais fortes, revigorando-se na caminhada.
Esperamos que este artigo tenha contribuído com seu conhecimento e desenvolvimento.
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