Líderes nascem prontos?
Quando crianças fomos levados a acreditar que na vida adulta estaríamos “prontos” para trabalhar, nos realizar numa carreira e “vivermos felizes para sempre”.
Não nos contaram, que a vida adulta nos apresenta desafios constantes e que aprender e viver estão intimamente ligados um ao outro. Cada novo ciclo, novo ano ou experiências novas revelam pontos “cegos” e estaremos fadados eternamente ao fantástico e contínuo despertar de potenciais.
Quando o mindset é de crescimento, as pessoas perseguem desafios e novos patamares de aprendizado e prosperam a partir de estágios crescentes de complexidade, vão ajustando suas expectativas e desejos – quase uma sede de evolução. Mais desafios, mais vontade de crescer.
Seja nos esportes ou nas carreiras profissionais não há evolução sem incitações constantes – uma perpétua caminhada rumo a novas habilidades, formas de fazer que vão estruturando as nossas bagagens e expertises e o novo já se apresenta como um velho e conhecido “amigo” – capaz de romper medos e fraquezas, iluminando o desconhecido.
A curiosidade ganha asas e damos passagem para uma mente aberta e fecunda, que se renova e se revigora a cada passo. Damos boas vindas a situações que por muito tempo nos foi cara ou evitamos, por medo de fracassar ou por exigência mental de aprovação, como se “errar” ou “tropeçar”, tivesse significados internos de incompetência.
Quantas vezes preservamo-nos de experiências tidas como “difíceis” – e vamos driblando e negando aquilo que acreditamos não ser para nós. Nossos temas “proibidos” e bem desenhados mentalmente como impossíveis, vão sendo alimentados pelo pensamento diário e relutante. Fechamos com cadeados algumas habilidades e rejeitamos situações adversas, cujo significado nos impede de avançar e encarar corajosamente.
Como “ver” além do mindset? Que trajetória nos possibilita avançar em temas nunca antes trilhados? Que obstáculos nos “tolhem ou nos embaraçam?
Que ajuda nos possibilita ir adiante – para ver além das atuais lentes e testar um jeito novo de caminhar? Onde podemos chegar, quando decidimos ultrapassar limites mentais, velhas crenças que são moradores antigos, muito bem instalados dentro de nossas cabeças e que persistem em reduzir nossos horizontes e potenciais.
Mindset fixo é o resultado de nossa cultura familiar e social. Nossa biologia não nos restringe sem que haja reforço e treino dos ambientes em que habitamos. Estamos longe de receber estímulos para olhar pra dentro e revisitar o que acontece lá, e que “dragões” estamos alimentando diariamente.
Liderança e desenvolvimento estão atrelados – como cumprir a missão de promover a grandeza das pessoas sem cultivar a si mesmo? Liderar sem a clareza de como o seu pensar e sentir estão determinando o seu comportamento, é como enxugar gelo, não haverá resultados.
Mindset de crescimento nos oferece uma adaptabilidade ampla, mesmo diante de adversidades, visto que desafio e interesse caminham juntos. Ao invés de evitar situações adversas, este tipo de mentalidade é movido pela satisfação de evoluir e não pela queda de interesse ou fuga dos problemas.
Como então, líderes podem se beneficiar ao decidir expandir seu mindset? Ver claramente, quando e como sua mente é o seu verdadeiro obstáculo? Tomar “consciência” de como sua mente opera automaticamente, podendo decidir que novos significados quer recriar, reenquadrando a forma de pensar e ver.
A “tirania” do mindset fixo, não só quer ter êxito, nem parecer inteligente, suas expectativas são de ser perfeito logo de início, não toleram erros, nem deslizes.
Contrariando nossa natureza humana e falível, a rigidez desta mentalidade vai muito além, seu desejo genuíno é de fazer perfeito de primeira e rapidamente. Esforço e dedicação podem ter para eles, uma conotação de falta de competência, habilidade ou inteligência.
Este olhar perfeccionista, enxerga as pessoas separando-as em com e sem aptidões para determinadas tarefas e atividades. Negam o despertar das potencialidades e invalidam o processo de aprender, de avançar, se autorrealizar em cada etapa da vida e da carreira.
Líderes atentos e confiantes na capacidade das pessoas de aprender, cultivam talentos e delegam mais, na medida que confiam no processo de aprendizado contínuo por meio de provocações permanentes, estímulos ao enfrentamento que enriquecem e instigam o potencial humano.
Somos imperfeitos e em constante construção e as habilidades ganham formas quando estamos dispostos a correr riscos, testar crenças e modos de pensar. Vamos passo a passo recriando nossa mente na sua amplitude de potencial e geramos mais e mais competências em áreas novas e reveladoras.
Nosso potencial humano é ilimitado, fecundo e inimaginável. Podemos ir aonde nossa mente nos permite. Nossos limites são aqueles bem desenhados dentro de nós. São barreiras invisíveis e potentes. Algemas mentais rigorosas, asfixiam nossos talentos, envenenam nossa capacidade de crescimento e autorrealização.
Como líder, você já experimentou um processo de desenvolvimento? Um momento só seu de autoconhecimento, análise de potencial, mapa das suas maiores competências naturais e comportamentais? Já fez seu DISC – inventário de perfil comportamental? Que tal se conhecer melhor?
Esperamos que este artigo tenha contribuído com seu conhecimento e desenvolvimento.
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